1 de abril de 2006

Amnistia Internacional


TODOS AO BARULHO


«Make some noise» – «Faça algum barulho» é a nova campanha da Amnistia Internacional (AI). Associada às campanha «Acabar com a Violência sobre as Mulheres» e «Controlo de Armas», pretende-se mudar mentalidades, trazendo para a ribalta atropelos aos direitos humanos e fazendo com que os cidadãos façam algo para acabar com eles.
Esta campanha pretende ainda, nos próximos três meses, ser um estímulo à acção das mulheres de Ciudad Juarez e Chihuahua, México, onde desde 1993, quase 400 mulheres foram assassinadas e cerca de 70 continuam desaparecidas.
Com a Campanha «Control Arms», a AI pretende fazer um painel com um milhões de rostos contra a proliferação de armas ligeiras. Há no mundo 639 milhões de armas ligeiras. Cada ano são fabricadas mais oito milhões. Estas armas continuam a alimentar conflitos, crime, violência doméstica.
Para fazer algum barulho, copie a carta que se segue para uma página «Word», imprima-a e envie-a ao Primeiro Ministro Eng. José Sócrates.


Sua Excelência
Primeiro Ministro
Eng. José Socrates
Palácio de São Bento
Rua da Imprensa à Estrela nº 2
1249-064 LISBOA

Excelência,

Gostaria de apelar ao governo português para:

1. Apoiar a negociação e a aprovação de um Tratado Internacional que Regule o Comércio das Armas, para que dessa forma os Estados possam adoptar e aplicar a condição de que todas as transferências de armas tenham de ser autorizadas através da emissão de licenças e que as mesmas sejam baseadas nos princípios existentes no Direito Internacional.

2. Assegurar que as novas leis relacionadas com a violência familiar mas também aquelas que já existam, proíbam todas as formas de violência doméstica, e que especifiquem que nenhuma pessoa com registos de violência doméstica seja autorizada a adquirir, possuir ou circular com uma arma, de forma a que a remoção de todas as armas de casas onde a violência doméstica é relatada, se torne um procedimento padrão.

O apoio governamental ao processo de garantir um Tratado Internacional que regule o Comércio de Armas e na protecção das mulheres da violência armada é vital. Uma oportunidade única para agir será na Conferência das Nações Unidas de Revisão do Programa de Acção sobre as Armas Ligeiras e de Pequeno Porte (26 de Junho a 7 Julho 2006), onde os governos podem acordar em estabelecer princípios globais mais rígidos para a transferência de armas e em que as questões do género possam ser incorporadas num Programa de Acção das Nações Unidas reforçado.

Com os protestos da mais elevada consideração.


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BI N.º

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