1 de maio de 2006

Igreja

PADRES PRECISAM-SE
Pela altura da Páscoa, o arcebispo de Braga deu uma interessante entrevista ao jornalista Manuel Vilas-Boas, da TSF.
Das declarações de Dom Jorge Ortiga, esta ficou-me no ouvido: se se mantiver a relação entre padre ordenados e padres que morrem por ano, daqui a dez anos a arquidiocese tem menos 100 padres.
A falta de padres é uma realidade preocupante sobretudo para as Igrejas do Ocidente. A solução? Por um lado, continua-se a insistir no modelo único do padre celibatário. Por outro, advoga-se a partilha de clero entre as Igrejas. Alguém já lhe chamou importação
A meu ver, a solução passa pela integração de um modelo misto: a coexistência de clero celibatário com clero casado.
Aliás, um modelo que já existe por razões menos próprias. A Igreja católica da Inglaterra ordenou várias dezenas de homens casados. Eram pastores anglicanos (misóginos?) que não quiseram partilhar o serviço do altar com pastoras quando a comunhão anglicana decidiu ordenar mulheres.
Concordo que o celibato é um valor – vivo tranquilo com a minha castidade –, mas os valores são se impõem. Elegem-se. E as comunidades cristãs são eucarísticas. Por isso, necessitam dos seus pastores.

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