5 de maio de 2006

Trabalho infantil

Menina Gumuz, de Mandura (Oeste da Etiópia) © J. Vieira

UM FINAL FELIZ?

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) deu uma boa notícia esta semana: o número de crianças trabalhadoras diminuiu 11 por cento entre 2000 e 2004.
Segundo o relatório «O fim do trabalho infantil: um objectivo ao nosso alcance», em 2000 havia 246 milhões de crianças e adolescentes a trabalhar. Em 2004, esse número baixou para 218 milhões num universo de 1531 milhões de menores. Mais ainda, o número de meninos e meninas dos cinco aos 17 anos envolvidos em trabalhos perigosos diminuiu 26 por cento, de 171 para 126 milhões de crianças.
O relatório apresenta uma previsão optimista: em dez anos é possível acabar com as formas de trabalho infantil mais degradantes.
As causas para esta redução são várias: boa vontade política, consciencialização e acções concretas no campo do combate e redução da pobreza e da educação.
O relatório da OIT revela que as regiões da América Latina-Caraíbas e da Ásia-Pacífico, registaram avanços significativos. A África Subsariana é onde há mais crianças a trabalhar: cerca de 50 milhões, um quarto das crianças trabalhadoras do planeta. O sector agrícola ocupa sete em cada dez menores trabalhadores.

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