30 de novembro de 2006

Partir

Desfazer ordens antigas de cinco anos. O quarto parece um poço sem fundo: onde meti tanta coisa?
Fazer malas. Atender mensagens de ternura e amizade.
Uma confusão de coisas para deitar fora, de sentimentos contraditórios: alegria e lágrimas.
Cada vez que parto morro um bocadinho. Mas a morte gera vida e a chegada, amanhã, às 7h15 a Nairobi, é o início de um (re)nascimento, um novo começo cheio de promessa e de ilusão.
É essa a minha oração no momento que digo obrigado e até já.
Sei que Deus está comigo e que os meus familiares e amigos também. O vosso carinho é a minha força.
Obrigado e até já, então! E façam-me o favor de serem felizes. Eu vou tentar fazer o mesmo em Juba, no Sul do Sudão.

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