21 de maio de 2010

PRESIDENTE



© JVieira

Salva Kiir Mayardit prestou hoje juramento como primeiro presidente eleito do Sul do Sudão depois de ter conquistado 93 por cento dos votos nas eleições de Abril.
O momento histórico
foi presenciado por uma enorme multidão no Mausoléu de John Garang, em Juba, e marcado por manifestações de grande júbilo e um forte – e desnecessário – dispositivo de segurança.
James Wani Igga, presidente da Assembleia Legislativa do Sul do Sudão, presidiu à cerimónia que marcou o início do mandato de Kiir.
O evento abriu com orações oferecidas por um bispo anglicano sudanês e por um xeque muçulmano.
O presidente do Uganda, Yoweri Museveni, o vice presidente queniano Stephene Kalonzo Musyoka e o ex-presidente Daniel arap Moi, e o vice-presidente do Sudão, Ali Osman Taha, membros do corpo diplomático sediados em Juba estavam entre os muitos dignitários que participaram na inauguração do mandato do Presidente Kiir.
O novo presidente apresentou um programa de governo de 11 «objectivos cardinais e princípis essenciais» com a agricultura à cabeça e a unidade nacional a fechar.
Kiir prometeu investir dinheiros do petróleo na transformação rural depois de reconhecer que os resultados do sector nos últimos cinco anos foram mínimos.
Educação e saúde são outros objectivos. O Governo deve trabalhar para reduzir os índices de mortalidade infantil e maternal durante e depois do parto.
O governo vai continuar com campanhas de desarmamento forçado para estabelecer segurança e paz no sul do Sudão. Kiir disse que os militares já confiscaram mãos de 22 mil armas ilegais.
Nas questões da mulher, Kiir prometeu elevar de 25 para 30 por cento a participação feminina em cargos políticos, incluindo ministras, secretárias de estados e directoras gerais.
O governo quer promover a reconciliação através de um diálogo sul-sul para manter a região unida.
A protecção do meio ambiente também aparece nas prioridades do governo para os próximos cinco anos.
A prioridade das prioridades vai ser a preparação e realização do referendo sobre a auto-determinação do Sul do Sudão com a possibilidade da independência no horizonte.

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