26 de março de 2014

MISSIONÁRIOS QUEREM REGRESSAR A LEER

Leer: Casa dos missionários depois da pilhagem

Os Missionários Combonianos querem regressar à missão de Leer, no Sudão do Sul, logo que a guerra termine e se o retorno for seguro.

A missão foi saqueada pelos locais e por forças rebeldes a 30 de Janeiro e a cidade queimada pelas tropas do Governo a 2 de Fevereiro.

O anúncio foi feito num relatório do Conselho Provincial dos Missionários Combonianos no Sudão do Sul sobre a situação corrente no país publicado a 25 de Março.

O texto diz que «as forças do governo estão a controlar a área, mas os rebeldes também estão presentes na região.»

Os habitantes de Leer ainda estão no mato com medo de regressar a casa.

«Têm necessidade de comida e medicamentos. A insegurança é ainda muito alta na região», o documento indica.

«A residência dos missionários e alguns edifícios da igreja têm que ser reconstruídos ou renovados. Os edifícios danificados estão completamente vazios depois da pilhagem», conclui o documento.

A luta pelo poder que começou em Juba a 15 de Dezembro de 2013 chegou a Leer um mês e meio depois.

Leer é a terra natal de Riek Machar Teny, o leader da oposição armada dentro do SPLM, o partido no poder no Sudão do Sul.

As quatro missionárias e cinco missionários combonianos da missão de Leer refugiaram-se nos matos quando as tropas do governo, lideradas por rebeldes sudaneses do Darfur, iniciaram o ataque à cidade para a conquistar aos rebeldes.

Os missionários viveram três semanas nos matos e pântanos das vizinhanças de Leer com outros refugiados até serem resgatados e transportados para Juba.

A missão e o Centro de Formação Profissional Daniel Comboni foram pilhadas pelos residentes e rebeldes antes da chegada das tropas do governo

A diocese de Lamego vai oferecer uma parte da renúncia quaresmal para a província comboniana do Sudão do Sul.

«Olhando para os nossos irmãos de longe, vamos destinar outra parte do esforço da nossa caridade para as missões dos Missionários Combonianos no Sudão do Sul, onde a guerra civil já provocou mais de 10.000 mortos e 700.000 deslocados, e as dificuldades dos nossos irmãos atingem o indescritível», Dom António Couto escreveu na sua Mensagem para a Quaresma.

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